segunda-feira, 11 de julho de 2011

Risco da Segunda Onda de Crise Econômica Mundial


A economia global está a espera de uma “perfeita tempestade”, cuja força total poderemos sentir dentro de dois anos. Isto foi afirmado por um economista-chefe americano, Nouriel Roubini, que já tinha previsto a crise de 2008. A mesma advertência foi feita pelo ministro das Finanças russo, Alexei Kúdrin, no Fórum Econômico de São Petersburgo.

Os problemas principais hoje são os da dívida na zona do euro e da instabilidade política no Oriente Médio, do abrandamento económico na China, da estagnação no Japão, e da dívida nacional dos EUA, – notam muitos analistas-chefes. Enquanto isso, a Confederação Europeia de Sindicatos realizou hoje uma manifestação no Luxemburgo contra a injusta distribuição dos encargos da crise.

Os sindicatos se opõem ao pacto “Euro plus”, aprovado em março pelos líderes de 17 países da zona euro. Este documento prejudica todos os cidadãos europeus – insiste o presidente da Confederação Europeia dos Sindicatos, Ignacio Fernandez Toxo.

Há interferências em tais áreas cmo salários, negociação coletiva, as aposentadorias que, na nossa opinião, são prerrogativa dos governos nacionais e da política social em cada país. Além disso, esta intervenção é de uma forma áspera e é direcionada para uma forte deterioração da situação dos trabalhadores.

O líder do Confederação Europeia dos Sindicatos oferece uma variante de compromisso – uma combinação do crescimento moderado dos salários com a preservação de empregos. Mas o principal é introduzir um imposto sobre transações financeiras para os bancos. São eles, acredita Toxo, que devem compensar os danos causados por eles às economias europeias. Caso contrário, o número de protestos em massa vai aumentar. Hoje, eles já atingiram uma série de países europeus – Espanha, Portugal, Irlanda e Grécia. Em seguida estão França e Itália. No entanto, a UE tem apenas uma saída – desistir daquilo que todos estão acostumados a chamar do Estado-Providência, e apertar os cintos ou continuar a fingir que nada está acontecendo, e inflar os orçamentos nacionais, – afirma chefe do Centro de Estudos Políticos do Instituto de Economia RAN, Boris Chmelióv

É óbvio que nas condições econômicas atuais, uma nova onda da crise financeira na Europa é possível. E a principal razão é o excesso de despesa sobre a receita. E, a fim de torná-las conformes, os estados devem suspender muitos programas sociais. Isto significa que dentro de 2-3 anos veremos uma Europa muito diferente, em que a estabilidade e a tranquilidade serão substituídas por poderosos movimentos de protesto social e político. Mas isso não pode mudar nada, porque economia desses países não pode sustentar o peso que estava sobre orçamento do Estado nos últimos anos. Só o tempo vai mostrar se a UE estará à beira da sobrevivência ou não.

Até agora quem foi mais próximo a este limite é Grécia. A situação no país é alarmante, mas ainda há uma chance de evitar o colapso.

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