segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Erupção solar provoca forte tempestade geomagnética na Terra

Como esperado, uma grande ejeção de massa coronal ocorrida no início deste mês atingiu o campo magnético da Terra, produzindo forte tempestade geomagnética sobre a região polar norte. Como ocorreram duas erupções solares, novos impactos estão previstos dentro das próximas 48 horas.
O impacto das partículas carregadas ocorreu às 14h30 de terça-feira e de acordo com dados registrados por magnetômetros instalados nos EUA e Canadá atingiu a marca 6 do Índice KP que vai até 9. Esse índice é considerado de forte intensidade e pode provocar blackouts de radiopropagação e interferências em dados de GPS e balizadas de radionavegação. Índices KP superiores a 6 já passam a representar riscos de distúrbios em equipamentos eletrônicos e distribuição de energia elétrica.
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A tempestade solar que deu origem ao impacto ocorreu no dia 1 de agosto e ejetou duas grandes quantidades de massa coronal em direção à Terra, sendo que a primeira delas foi a que impactou a alta atmosfera na tarde de ontem. A segunda carga de material ainda está a caminho e deverá atingir a Terra nas próximas horas.

Desde que foi ejetada, a primeira carga de partículas levou três dias para percorrer os 148 milhões de km que separam a Terra do Sol, viajando a mais de 2 milhões de km por hora.
O primeiro resultado da ejeção de massa coronal (CME) foi a produção de brilhantes auroras boreais sobre as altas latitudes da Europa e norte da América do Norte, especialmente no Canadá.

De acordo com dados gerados pelo Centro de Previsão de Clima Espacial, SWPC, dos EUA, existem 35% de chances das novas tempestades atingirem as mesmas regiões da Terra e 25% de possibilidades de que as tormentas cheguem às latitudes médias do planeta. Se isso ocorrer, moradores da região mais populosa da Europa e EUA poderão observar os efeitos da tempestade.


Flare Solar
Flare ou rajada solar é uma explosão que acontece quando uma gigantesca quantidade de energia armazenada em campos magnéticos, geralmente acima das manchas solares, é repentinamente liberada.

Os flares produzem uma enorme emissão de radiação que se espalha por todo o espectro eletromagnético e se propaga desde a região das ondas de rádio até a região dos raios X e raios gama.

Como conseqüência desse flares temos as chamadas Ejeções de Massa Coronal, enormes bolhas de gases ionizados com até 10 bilhões de toneladas que são lançadas no espaço a velocidades que superam facilmente a marca de um milhão de quilômetros por hora.
Quando observadas dentro do espectro de raios-x, entre 1 e 8 Angstroms, produzem um intenso brilho ou clarão e é esse clarão (ou flare) que nos permite classificar o fenômeno.

Flares de Classe X são intensos e durante os eventos de maior atividade podem provocar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias. As rajadas da Classe M são de tamanho médio e também causam blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares. Tempestades menores muitas vezes seguem as rajadas de classe M.

Por fim existem as rajadas de Classe C, fracas e pouco perceptíveis aqui na Terra.


Tempestades geomagnéticas
A maior parte das partículas altamente carregadas que foram ejetadas pelo Sol são desviadas quando chegam próximas à magnetosfera da Terra. No entanto, parte dela consegue furar o bloqueio e atinge as camadas superiores da atmosfera, normalmente sobre as regiões de latitude mais altas.
Na atmosfera superior as partículas se chocam com os átomos de oxigênio e nitrogênio que ionizados produzem radiação no comprimento de onda da luz visível e que são atraídas aos polos pelo campo magnético do planeta. Esse efeito luminoso é chamado de Aurora.

Quanto maior a atividade solar, mais intensas são as auroras, que recebem o nome de boreais quando ocorrem próximas ao polo norte e austrais quando se dão próximas ao pólo sul. Normalmente o fenômeno ocorre próximo a 60 km de altitude.


A mais intensa
A tempestade geomagnética mais intensa que se tem registro foi denominada Evento Carrington e ocorreu entre agosto e setembro de 1859. A intensa tempestade foi testemunhada pelo astrônomo britânico Richard Carrington, que observou a tormenta através da projeção da imagem do sol em uma tela branca. Na ocasião, a atividade geomagnética disparou uma série de explosões nas linhas telegráficas, eletrocutando técnicos e incendiando os papéis das mensagens em código Morse.

Relatos informam que auroras boreais foram vistas até nas latitudes médias ao sul de Cuba e Havaí. Nas Montanhas Rochosas, no oeste da América do Norte, as auroras eram tão brilhantes que acordavam os camponeses antes da hora, que pensavam estar amanhecendo. As melhores estimativas mostram que o Evento Carrington foi 50% mais intenso que a supertempestade de maio de 1921.


Fotos: No topo, imagem registrada pelo satélite SDO (Observatório de Dinâmica Solar) no dia 1 de agosto de 2010. A cena mostra a gigantesca área de turbulência, vista na região esquerda inferior da imagem. A tormenta produziu um flare solar de classe C3 e ejetou parte do material da coroa solar em direção à Terra. Na sequência, gráfico mostra as consequências da tormenta, com o índice solar atingindo 6 em uma escala que vai até 9. Em seguida vemos o efeito direto da tempestade sobre os céus da Dinamarca, registrado pelo fotógrafo Jesper Grønne, em 4 de agosto. Por último, vista parcial dos danos causados em um transformador após uma violenta tempestade solar ocorrida sobre o Canadá em 1989. Créditos das fotos: Nasa/SDO Observatory – NOAA/SPWC/APOLO11 – Jesper Grønne/SpaceWeather – Hydro Québec – APOLO11.COM.
FONTE

5 comentários:

  1. Para mim isso é tudo uma enorme farsa, pois a Nasa e outros aqui referidos são controlados pelo
    governo, por isso, como poderemos acreditar no inimigo? Alguém me explica?

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  2. caro amigo concordo que eles escondem muita coisa para população mais vc pode pesquisar em outras fontes sobre tempestades solares é fato que o sol a cada 11 anos tem um aumento de massa coronal e acaba emitindo flares ou explosoes solares é que até hoje o unico estrago foi em quebec em 1989 onde eles ficaram um bom tempo sem energia eletrica e telefonia pois as redes ficaram sobrecarregadas e se via auroras boreais no ceu , mais caso esse intensidade vem aumentando teremos serios problemas

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  3. amigo,hoje teve outra ejeção de massa cornal,é foi a maior que ví desde de o dia que comecei a acompanhar os estudos do SOHO,a umas 3 semanas (pouco tempo rs)...o que me preocupa é que isso não tem uma divulgação em alguns veiculos de noticia (radio e alguns jornais on line como o "estado de são paulo".Enfim,seu blog é exelente,continue o trabalho :D

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  4. tudo isso que eu vi não sei se é verdade mais quando o homem chegou neste planeta era uma era muito boa. E quando chegarão os homem de dinheiro é que ficou muito ruim , pois noz sabemos que o dinheiro é que manda neste planeta

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  5. nesse mundo capitalista o que impera e o mais rico sobre o pobre e seu deus é o dinheiro

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