quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Fundador do portal Wikileaks é acusado de violentar mulheres

Nos documentos secretos vazados pelo portal, diplomatas americanos reclamam que o governo do Paquistão apoia extremistas islâmicos.
Novas revelações sobre a diplomacia americana estão na internet. O responsável pelos vazamentos - um australiano que fundou o portal Wikileaks - está sendo procurado pela polícia internacional.
Nos documentos secretos, diplomatas americanos reclamam que o governo do Paquistão apoia extremistas islâmicos e alertam para o risco de que um depósito de urânio enriquecido caia nas mãos de terroristas.
Um dos documentos afirma que, apesar de ser um país falido, o Paquistão fabrica mais bombas nucleares do que qualquer outro.
As revelações podem complicar as relações entre os Estados Unidos e o Paquistão, que é o principal aliado dos americanos na região. Outra novidade: os documentos trazem pela primeira vez a lista dos países da Otan onde os americanos têm armas atômicas: Bélgica, Holanda, Alemanha e Turquia.
Em outros documentos, os diplomatas americanos afirmam que espiões de Cuba têm acesso direto ao presidente Hugo Chavez e grande influência no governo venezuelano, o que eles consideram uma ameaça direta aos Estados Unidos.
Na Grã-Bretanha, o governador do banco da Inglaterra teria chamado o novo premier, David Cameron, de incompetente. E o príncipe Andrew, que a imprensa britânica já apelidou de “Duque de Wikileaks”, é citado por xingar os franceses e a imprensa em geral.
O fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange, tornou-se o inimigo número um da diplomacia internacional. Ele está sendo procurado pela Interpol por ser acusado de violentar duas mulheres na Suécia. Julian ameaça soltar milhões de documentos secretos. E a próxima vítima seria um grande banco aqui dos Estados Unidos.
Um dos documentos se refere ao Brasil. Em nota, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou um comentário atribuído a ele em um telegrama da embaixada dos Estados Unidos, em 2008.
Segundo o site Wikileaks, Jobim teria dito ao então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, que Samuel Pinheiro Guimarães, ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, “odeia os Estados Unidos”. Na época, Pinheiro Guimarães era secretário-geral do Itamaraty.
No maranhão, onde visitou obras do PAC, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o vazamento de informações:
"Se fosse tão sério não teria vazado.De vez em quando aparecem essas coisas. As coisas que eu vi do Brasil são tão insignificantes que não merecem nem serem levadas a sério. Não sou obrigado a acreditar em um telegrama de um embaixador americano ao invés de acreditar no meu ministro. Tenho certeza do comportamento do Jobim, tenho certeza do comportamento do Samuel, tenho certeza que os dois são amigos e tenho certeza que um não falaria mal do outro", declarou Lula
.

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